O ministro da Saúde José Gomes Temporão concedeu entrevista coletiva à imprensa na tarde desta quarta-feira para falar sobre os casos suspeitos de morte por febre amarela detectados nos últimos dias em Goiás e no Distrito Federal. Ele ressaltou que as ocorrências registradas até o momento referem-se à febre amarela silvestre e que, portanto, está afastado o risco de uma epidemia da doença em áreas urbanas.
O ministro solicitou aos ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim, e do Turismo, Marta Suplicy, que turistas, trabalhadores em viagem e representantes diplomáticos sejam alertados sobre a situação da doença no país e sobre como obter a vacina contra a doença.
Ontem, morreu em Brasília mais um suspeito de ter contraído febre amarela nos últimos dias. Graco Carvalho Abubakir, 38, estava internado desde sexta-feira com sintomas da doença, após ter passado o final de ano em Pirenópolis (GO), região turística de mata e cachoeiras. Segundo o ministério, ele não tinha sido vacinado.
No sábado, um homem de 34 anos morador da cidade de São Sebastião, a cerca de 30 quilômetros do centro de Brasília, morreu com sintomas da doença. Outra possível vítima, o agricultor João Batista Gonçalves, morreu no dia 4 no Hospital de Doenças Tropicais de Goiânia. Ele trabalhava no município de Uruaçu - que está em alerta por causa da morte de macacos possivelmente causada por febre amarela silvestre.
Os resultados dos exames que podem confirmar a suspeita de febre amarela só ficarão prontos em uma semana.
Estoques da vacinaTemporão reforçou que não há risco de faltar vacinas contra a febre amarela nos postos de saúde. Ele informou que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) liberou 2 milhões de doses da vacina, 250 mil delas encaminhadas hoje ao Distrito Federal.
Os estados do Tocantins, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Mato Grosso convocaram a população para ser vacinada contra a febre amarela. A medida já havia sido adota em Goiás, Minas Gerais e no Distrito Federal. A vacina tem efeito por dez anos e a imunização só é garantida dez dias após a aplicação da injeção.
Nos últimos 12 anos, o Brasil teve 349 casos da doença, com 161 mortes.
Com informações da Agência Brasil