Uma enorme variedade de espécies, muitas provavelmente novas para a ciência, foram encontradas durante uma expedição da ONG Conservação Internacional (CI) às florestas da Cordilheira do Condor, no sudeste do Equador, próxima à fronteira com o Peru.
A expedição encontrou achou esta rara espécie de perereca-de-vidro... |
...Além desta salamandra esquisita, que provavelmente é uma espécie nova |
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A expedição científica teve como foco a bacia do alto rio Nangaritza, que é isolada de outras regiões dos Andes em termos geológicos, o que ajuda a estimular a evolução de espécies endêmicas, ou seja, aquelas que não são encontradas em nenhum outro lugar do mundo.
No total, foram descobertos quatro anfíbios, um réptil e sete insetos, incluindo uma salamandra de olhos esbugalhados e um minúsculo e venenoso sapinho-ponta-de-flecha do gênero
Dendrobates.
Além das espécies provavelmente novas para a ciência, a equipe também encontrou diversos animais raros, como uma perereca-de-vidro e uma população saudável de sapos arlequins do gênero
Atelopus que antes haviam sido devastados pelo fungo quitrídeo, que, ao lado de outros fatores, como desmatamento e mudanças do clima, impõe uma séria ameaça de extinção sobre até 30% das espécies de anfíbios do mundo.
Entre outros animais incomuns encontrados nesta expedição estão insetos da família
Tettigoniidae e várias espécies de anfíbios e mamíferos nunca registrados no Equador. Além disso, foram descobertas duas espécies de aves que são endêmicas da Cordilheira do Condor, 25 espécies consideradas raras no Equador e 11 espécies ameaçadas ou quase ameaçadas a nível mundial.
A CI espera que estas descobertas estimulem o governo do Equador a fortalecer a proteção da área, que fica próxima a um parque internacional da paz, criado no final dos anos 90 para marcar o fim das hostilidades entre o Equador e o Peru depois de décadas de disputa pela área fronteiriça.
A expedição foi realizada pela CI em parceria com a Fundação Arcoiris e a Pontifícia Universidade Católica do Equador e financiada pelas Fundações Gordon e Betty Moore, Mulago e Leon e Toby Cooperman Family.
*Com informações da Conservação Internacional - Brasil