09/01/2008 - 20h15
Vítima pegou febre em Brasília, alegam familiares
Da Agência Estado
Em Brasília
Familiares do administrador de empresas Graco Carvalho Abubakir, morto anteontem com suspeita de febre amarela, questionam a tese de autoridades sanitárias de que ele teria sido contaminado durante um passeio para Pirenópolis (GO), no feriado do Ano Novo. Eles argumentam que Abubakir começou a se queixar de mal-estar um dia depois de chegar àquela cidade, Uma reação muito rápida, diante do período de incubação da doença, que é de 3 a 5 dias. Por isso, a família não afasta a hipótese de que ele já tenha viajado contaminado. Outro motivo que leva a família a suspeitar de que ele poderia ter se contaminado em Brasília é o fato de que ele viajou com um grupo de vários amigos, mas somente ele foi infectado.
Para o Ministério da Saúde, no entanto, a possibilidade de contaminação em Brasília está totalmente descartada. "Se ele foi contaminado, isso ocorreu durante a viagem", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gerson Penna. Ele justificou sua convicção: "Não há registro de macacos contaminados (na capital)." Abubakir foi internado na sexta-feira, com febre e dores nas articulações. Chegou à tarde, lúcido, e à noite já respirava com auxílio de aparelhos. O administrador de 38 anos morreu na terça-feira. Uma necrópsia deverá ficar pronta até sexta-feira.