O secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, descartou a hipótese de que a febre amarela se espalhe pelo Estado. "Não deverá haver epidemia" e "há vacina para todo mundo, produzida pela Fiocruz", informou o secretário, que está em Santo Ângelo, região onde uma mulher de 31 anos morreu por causa da doença.
Ontem, foi confirmada a segunda morte pela doença no Estado, de um morador de Nova Santa Rita, na região metropolitana de Porto Alegre.
O secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, disse hoje (14) que os registros febre amarela no Estado são resultado do aumento da população de mosquitos transmissores da doença em função das mudanças climáticas.
Segundo ele, "nuvens de mosquito" vem percorrendo áreas de mata. "Isso tem alguma coisa a ver com a mudança global do clima. Alguma coisa está acontecendo, pois está aumentando a população de mosquitos. Esse é o drama que estamos vivendo: em função de mudanças climáticas, nós estamos trazendo de volta um risco que estava afastado há muito tempo", lamentou. Leia mais |
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CULPA É DA MUDANÇA CLIMÁTICA, DIZ SECRETÁRIO |
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2ª MORTE CONFIRMADA |
FILA PARA TOMAR VACINA |
DESEQUILÍBRIO ECOLÓGICO |
FEBRE AMARELA EM SP |
ENTENDA A DOENÇA |
A Secretaria de Saúde informou que mais de 1 milhão de vacinas já foram distribuídas para 109 municípios que ficam na área de risco - regiões central e noroeste do Estado. Devem ser vacinados os moradores e viajantes (veranistas e pescadores) que se destinem a essas áreas.
De acordo com o secretário, a meta é imunizar 1,50 milhão de pessoas, o equivalente a 15% da população do Rio Grande do Sul. A vacina garante imunização por dez anos.
Uma equipe de 15 pessoas do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul está percorrendo as áreas onde possa haver risco de contágio para fazer um diagnóstico da situação.
Não devem ser vacinados bebês com menos de 9 meses, portadores do HIV/Aids, pessoas com infecção e em tratamento de câncer, pois estão com baixa imunidade. Também não devem se vacinar as pessoas alérgicas à proteína de ovo, que é usado na produção do medicamento.
A vacina contra febre amarela pode gerar efeitos colaterais como febre, mal-estar e até encefalite (inflamação no cérebro). Quem tomou a vacina nos últimos dez anos não precisa de nova imunização.
São sintomas da doença febre alta, calafrios, dor de cabeça, vômito, diarréia e dor muscular. O infectado pode ainda apresentar hemorragias e icterícia (daí o nome "febre amarela").
*Com informações da Agência Brasil