13/01/2009 - 18h57
Laboratório confirma segunda morte por febre amarela no RS
Flávio Ilha
De Porto Alegre
Especial para o UOL Ciência e Saúde
O laboratório Adolfo Lutz, de São Paulo, confirmou na tarde desta terça-feira (13) que o industriário Rudinei Cardoso, 28, morreu vítima de febre amarela. Ele morava em Nova Santa Rita, município da região metropolitana de Porto Alegre, mas tinha viajado ao Noroeste do Rio Grande do Sul para passar o Natal com a família.
Esse é o segundo caso de morte por febre amarela confirmado no Rio Grande do Sul. A primeira vítima foi Veridiana Teixeira, 31, que morreu em Santo Ângelo no dia 18 de dezembro, região onde foram encontrados mais de 300 macacos bugio também vítimas da doença.
Além disso, uma indígena de 37 anos morreu ontem na cidade com os sintomas da doença. A confirmação de que a causa foi a febre amarela, entretanto, deve levar pelo menos uma semana.
O Estado não registrava ocorrências de febre amarela desde 1966.
Segundo o coordenador do Centro Estadual em Vigilância da Saúde, Francisco Paz, nenhuma das vítimas havia se vacinado contra a febre amarela. Segundo ele, 1 milhão de pessoas das áreas de risco - que envolvem 109 municípios - já foram imunizadas. O Estado tem mais 1,2 milhão de doses à disposição.
A secretaria de Saúde do Estado alerta para que a população se vacine antes de viajar para as áreas que apresentam risco de contaminação com pelos menos 10 dias de antecedência. Técnicos do Centro e do Ministério da Saúde estão em Santo Ângelo para examinar a situação.
Em Santa Maria, região Central do Estado que faz fronteira com a área de risco, cerca de 2 mil pessoas foram vacinadas apenas nesta terça-feira. A fila, na unidade de saúde Erasmo Crosetti, chegou a cem metros. A prefeitura anunciou que colocará mais cinco pontos de imunização à disposição da população nesta quarta-feira.