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03/04/2008 - 07h27

Dengue causa 'desolação' em hospitais do Rio, diz jornal

A dengue está causando "desolação" em hospitais do Rio de Janeiro, segundo reportagens publicadas nesta quinta-feira em jornais internacionais.

O americano "Washington Post" e o argentino "Clarín" destacam a mobilização do Exército para combater a epidemia na cidade.

O "Clarín" descreve como encontrou "desolação" no hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. A reportagem fala de "longas filas nas instituições hospitalares municipais, com gente que deixou de ser atendida por falta de profissionais ou porque não havia instalações com capacidade suficiente para o diagnóstico".

A triste situação "num dos bairros mais elegantes", também mostra que a doença não atinge apenas as regiões pobres da cidade, diz o jornal. "O inseto não pergunta à sua vítima a que classe social pertence. Assim, a Força Aérea montou 15 hospitais de guerra na Barra da Tijuca, onde estão os escritórios das multinacionais e onde vivem brasileiros ricos em condomínios fechados."

"Nesse centro de atenção improvisado de emergência, dentro do clube da Aeronáutica, chegam pacientes de todos os estratos sociais."

Revolta
O "Washington Post" atesta que, em algumas tendas, moradores "expressam revolta pela demora do governo em tomar ações preventivas" antes da epidemia.

"Em uma tenda de emergência na Zona Sul, cerca de 500 pessoas - muitas que chegaram encaminhadas por hospitais -buscavam no domingo testes de sangue para detectar a probabilidade à exposição de dengue. O major Wilson Braz, médico dos bombeiros que supervisiona as tendas, disse que a maioria são crianças."

"Muitos pais dessas crianças criticam autoridades públicas por não agir até a multiplicação das fatalidades. Agora a cidade está coberta de cartazes lembrando as pessoas a usar repelente e eliminar água parada."

Mas, para o Clarín, esta publicidade massiva não fica clara para os turistas que visitam a cidade.

"Nos aeroportos não há alertas. Nem no internacional Tom Jobim nem no doméstico Santos Dumont os viajantes são alertados de que no Rio há uma 'epidemia'. Supermodernos e lustrosos, os dois terminais aéreos não deixam entrever o drama que se desenvolve além de suas portas".

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