Indicado pelo prefeito eleito Eduardo Paes (PMDB) para assumir a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o médico Hans Dohmann afirmou nesta terça-feira que o atendimento básico deve ser o principal foco de atuação de sua pasta no combate à dengue. Ao acompanhar um seminário sobre a doença, em Brasília (DF), ele também ressaltou que a responsabilidade por uma possível epidemia de dengue na cidade no próximo verão deve ser atribuída ao atual governo.
A cidade do Rio de Janeiro deverá enfrentar uma nova epidemia de dengue neste verão. A previsão foi feita nesta terça-feira pelo subsecretário de atenção à saúde do Estado, Manoel da Cruz Santos.
"É previsível uma epidemia. É grave a situação apontada pelo Lira (levantamento que aponta o índice de infestação pelo mosquito da dengue). Em todo o Estado, o risco é médio, mas quando você segmenta, há regiões em que está acima de 4%, um alerta das zonas que requerem maior atenção", disse aos jornalistas, em seminário organizado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) para debater o combate à doença. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que o índice Lira não ultrapasse 1%. Leia mais |
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| ESTADO DEVE ENFRENTAR NOVA EPIDEMIA NO VERÃO |
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 COMO PREVENIR-SE DA DENGUE |
"A atenção básica é a principal parte em que o município vai contribuir. A gente vai procurar colocar os postos de saúde para trabalhar no espaço mais amplo possível e otimizar o acesso da população aos testes de diagnóstico para reduzir a letalidade. Existe uma série de ações a serem implementadas a partir de janeiro", disse.
Ele confirmou a criação de um comitê de combate à dengue, com a participação das três esferas de governo (municipal, estadual e federal), mas explicou que apenas a partir de janeiro seus integrantes poderão atuar. "Infelizmente a gente não tem condição de iniciar esse trabalho imediatamente, o que era o nosso desejo. A responsabilidade continua sendo da secretaria atual, até o dia 31 de dezembro. A gente já vem discutindo as ações, mas só poderemos formalizá-las em janeiro".
Dohmann demonstrou surpresa em relação à notícia de que Paes anunciaria nesta semana a criação de um gabinete integrado de combate a dengue. "Não sei de onde surgiu esta notícia. Ainda não houve a primeira reunião".
O novo secretário destacou que, diante da impossibilidade de atuação imediata, as cobranças em relação à dengue devem ficar para 2010. "Vamos dar continuidade ao que estiver sendo feito de melhor, tentar implementar o que ainda for possível sob o ponto de vista preventivo e vamos atuar fortemente no sentido de reduzir a letalidade ao nível mais próximo de zero possível", prometeu. "Isso é o que dá pra fazer para este verão. Em 2010, aí sim vocês podem nos cobrar um resultado diferente", completou.
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