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04/11/2008 - 15h36

RJ deve enfrentar nova epidemia de dengue neste verão, alerta Secretaria de Saúde

Claudia Andrade
Do UOL Notícias
Em Brasília
A cidade do Rio de Janeiro deverá enfrentar uma nova epidemia de dengue neste verão. A previsão foi feita nesta terça-feira pelo subsecretário de atenção à saúde do Estado, Manoel da Cruz Santos.

"É previsível uma epidemia. É grave a situação apontada pelo Lira (levantamento que aponta o índice de infestação pelo mosquito da dengue). Em todo o Estado, o risco é médio, mas quando você segmenta, há regiões em que está acima de 4%, um alerta das zonas que requerem maior atenção", disse aos jornalistas, em seminário organizado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) para debater o combate à doença. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que o índice Lira não ultrapasse 1%.

Indicado pelo prefeito eleito Eduardo Paes (PMDB) para assumir a Secretaria Municipal de Saúde do RJ, o médico Hans Dohmann afirmou nesta terça-feira que o atendimento básico deve ser o principal foco de atuação de sua pasta no combate à dengue.

Ao acompanhar um seminário sobre a doença, em Brasília (DF), ele também ressaltou que a responsabilidade por uma possível epidemia de dengue na cidade no próximo verão deve ser atribuída ao atual governo. Leia mais
MUNICÍPIO: EPIDEMIA SERÁ ATRIBUÍDA A ATUAL GOVERNO
COMO PREVENIR-SE DA DENGUE
Segundo o subsecretário, as comunidades carentes da capital devem enfrentar os maiores problemas. "Nas regiões de comunidades a gente tem índices altíssimos, isso nos deixa preocupados em função da dificuldade de entrada de agentes, não só pela dificuldade de acesso, mas também por serem regiões violentas", explicou.

Santos alertou que o aumento no número de casos deve ser verificado já a partir de dezembro, com a proximidade do verão. "O aumento da temperatura é um ambiente propício para o crescimento do mosquito, para a transformação da larva em mosquito, e também do desenvolvimento do vírus dentro do mosquito".

O agravamento deve-se, principalmente, pela presença do vírus de tipo 2. Por ainda não ter se disseminado no Estado, ele ataca pessoas não-imunizadas, ou seja, que ainda não desenvolveram a doença com esse tipo de vírus. As regiões com o maior número de focos do mosquito da dengue serão apontadas pela secretaria da saúde no Estado para alertar a população.

"A mobilização da sociedade é muito importante. A responsabilização de todos os gestores envolvidos é essencial, claro, mas é fundamental que a população também assuma sua parte no combate ao mosquito, na prevenção de possíveis criadouros de larvas, na limpeza de terrenos, na denúncia daqueles domicílios que não permitem a averiguação", enumerou.

O subsecretário diz que as tendas de hidratação podem voltar a ser utilizadas, em um quadro de epidemia. Contudo, Santos afirmou que os recursos para atendimento estão melhores do que no verão passado. "Aumentamos o número de leitos pediátricos em mais de 400% e isso nos dá maior tranqüilidade. E as unidades pré-hospitalares fixas, que ficam 24 horas à disposição da população, eram três no final da última epidemia e hoje são 20 unidades, sendo 16 na cidade do Rio de Janeiro e quatro na região metropolitana."

Na contabilidade do representante da Secretaria Estadual da Saúde, o verão 2007/2008 teve um balanço muito ruim, com 350 mil casos de dengue notificados, 157 mil internações e quase 400 óbitos.

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