Um medicamento que diminui os principais sintomas da dengue e que evita a forma hemorrágica da doença poderá estar disponível dentro de três anos. As pesquisas desenvolvidas por cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com ratos de laboratório demonstraram que o uso do remédio modipafant não permite que as plaquetas sangüíneas saiam dos vasos e migrem para os tecidos, como acontece com a dengue hemorrágica, evitando a queda das plaquetas.
O medicamento foi lançado originalmente pelo laboratório Pfizer para ser utilizado contra a asma, mas seus efeitos não se comprovaram eficientes e ele foi descontinuado. De acordo com a professora Danielle da Glória de Souza, do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, o medicamento não atua contra o vírus da dengue, mas sim em suas conseqüências inflamatórias no organismo.
A medida judicial que obriga os 140 postos de saúde da prefeitura do Rio a funcionar 24 horas começa a vigorar hoje. O Ministério da Saúde e o governo estadual terão de mobilizar médicos e garantir a segurança dos profissionais que atuam em áreas perigosas. A decisão é da juíza da 18ª Vara Federal, Regina Coeli Medeiros de Carvalho. Se não for cumprida, cada uma das autoridades intimadas será multada em R$ 10 mil por dia. Leia mais |
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"A droga diminui tanto a doença, quanto a letalidade produzida pela dengue. Ela não inibe o vírus em si, mas melhora a resposta do hospedeiro [o doente]. Um dos grandes problemas da dengue é a resposta inflamatória induzida pelo vírus. Isso causa um quadro de doença no paciente".
O modipafant age inibindo um elemento conhecido como "fator de ativação plaquetária", que tem a sigla PAF. A pesquisa da UFMG já tem dois anos e envolve outros dois professores: Mauro Martins Teixeira e Irlândia de Souza. Segundo Danielle Souza, os testes em seres humanos dependem de autorização e podem ser realizados já a partir deste ano, a um custo estimado de US$ 20 mil. A utilização do modipafant para a dengue já foi patenteada pela universidade mineira.