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05/08/2008 - 11h18

Sonda pode ter achado substância tóxica em Marte

Por Dan Whitcomb
De Los Angeles
A sonda Phoenix Mars Lander pode ter encontrado perclorato, uma substância potencialmente tóxica usada no combustível espacial, nas amostras de solo recolhidas em Marte, disseram cientistas da Nasa na segunda-feira.

A agência espacial ainda vai realizar novos testes para confirmar a presença do material, mas descartou a contaminação da sonda.

A principal tarefa da Phoenix em Marte é descobrir se há ou houve água líquida em Marte e se existe ou existiu vida por lá, mesmo que microbiana.

Na semana passada, a Nasa divulgou provas supostamente definitivas de que existe água em Marte, resultado de novas análises sobre uma pedra de gelo recolhida em junho.

A Nasa evitou dizer que a presença do perclorato impediria a vida, embora seja sabido que essa substância oxidante é nociva aos humanos sobre certas circunstâncias. Sua presença no solo pode sugerir um ambiente menos hospitaleiro do que os cientistas pensavam.

"É surpreendente, já que uma medição anterior (do equipamento chamado Analisador Termal e Gás-Evoluído) do material na superfície era consistente com, mas não conclusivo a respeito da presença do perclorato", disse Peter Smith, cientista-chefe da Phoenix.

"Embora não tenhamos completado nosso processo sobre essas amostras de solo, temos resultados intermediários muito interessantes", acrescentou.

Segundo ele, análises mais detalhadas contrariaram a idéia inicial de que o solo de Marte seria semelhante ao da Terra.

Para excluir a hipótese de que o perclorato tenha sido levado a Marte pela Phoenix, a Nasa está revendo seus processos de controle de contaminação pré-lançamento.

Depois de ter comprovado a existência de água congelada em Marte, a Nasa decidiu prorrogar em cinco semanas a missão da sonda, para que ela também possa buscar condições para o surgimento de vida.

Isso vai acrescentar um custo de cerca de 2 milhões de dólares aos 420 milhões já gastos na missão, que chegou a Marte em 25 de maio e deveria funcionar por três meses.

Em conclusões que foram consideradas "um enorme passo à frente", a Nasa havia revelado em julho a existência de magnésio, sódio, potássio e outros elementos num solo que é mais alcalino do que os cientistas pensavam --e portanto mais propenso à vida.


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