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20/03/2009 - 15h11

Cólera atinge todas províncias moçabicanas e mata 121

Da Lusa
Em Maputo
A cólera fez 121 mortos em Moçambique desde janeiro, tendo sido diagnosticados 13.522 casos, e já atinge as 11 províncias do país, revelou nesta sexta-feira à Agência Lusa uma fonte do ministério moçambicano da Saúde (Misau).

O porta-voz do Misau, Leonardo Chavane, indicou que a província de Nampula, norte, continua a ser a mais afetada pela doença, com 16 óbitos.

A província de Gaza, a única que não havia sido atingida desde a eclosão de cólera no país, em janeiro, já registrou 112 casos desde o dia 25 de fevereiro, mas sem óbitos.

Nas últimas 24 horas, o distrito de Angoche, em Nampula, diagnosticou mais 25 casos de cólera, totalizando 454 desde o início deste ano, o que torna a região a mais crítica daquela província moçambicana, disse Chavane.

O distrito de Mongicual, epicentro de ataques a voluntários da Cruz Vermelha de Moçambique, de que resultaram três mortos e dez feridos - todos voluntários da organização -, arrolou nove casos de cólera, sem nenhum óbito.

Violência

Em Mongicual, após agressões devido a desinformação sobre a cólera, foram detidas dezenas de pessoas e colocadas numa cela minúscula, sendo que 12 acabaram morrendo sufocadas, de um total de 48.

O porta-voz do Misau descreveu as mortes de membros da Cruz Vermelha como resultado do "baixo nível de educação e a conquista de liberdade que muitas vezes se confunde com libertinagem", por parte dos agressores.

"Acontece que o nível de educação da comunidade é baixa. É fácil serem manipuladas, acreditar em informações contrárias à saúde", disse.

Por isso, as autoridades de Saúde locais "vão reforçar a educação sanitária com os líderes comunitários", disse Chavane.

O porta-voz do Misau adiantou que na província de Cabo Delgado, a segunda mais afetada, foram registrados 37 óbitos, em 2.977 casos (menos casos, porém mais mortes).

Além destas duas províncias, seis outras pessoas morreram também devido à epidemia em Manica (em 2006 casos de infecção), 26 na Zambézia (em 1535 casos), 14 em Tete (1287), seis na cidade de Maputo (1246), três em Sofala (1086) e nove Niassa (424).

Na província de Maputo (excluindo a capital) foi registrado um óbito em 120 casos, enquanto em Inhambane as autoridades registraram este ano 39 casos de cólera, quatro dos quais resultaram em óbitos, destacou Chavane.

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