Intercâmbio luso-brasileiro abordará tratamento da hepatite

Da Lusa
Em São Paulo

Médicos brasileiros e portugueses vão trocar experiências sobre recentes pesquisas e formas de tratamento da hepatite, doença que afeta mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo.

A troca de experiências ocorrerá durante a 1ª Jornada Luso-Brasileira de Hepatologia, entre os dias 21 a 23 de agosto, em Vitória, capital do Estado do Espírito Santo.

O encontro, promovido pela Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), tem o objetivo de iniciar um intercâmbio entre profissionais, centros de hepatologia de hospitais e faculdades de medicina dos dois países.

Os especialistas luso-brasileiros vão debater os tipos C e B da hepatite e o carcinoma hepatocelular, tumor maligno comum do fígado e uma das formas de câncer mais diagnosticadas, com cerca de 315 mil novos casos por ano no mundo.

Os especialistas vão discutir formas atuais de tratamento nos dois países, duração, estratégias de controle de reações colaterais, dentre outros, salientaram os organizadores num comunicado.

Diagnosticada há apenas 16 anos, a hepatite C já é um problema de saúde pública mundial, com cerca de 200 milhões de pessoas infectadas, cerca de três milhões apenas no Brasil.

Contraída principalmente por sangue, material contaminado pelo sangue ou transfusões, a hepatite C raramente apresenta sintomas, pode destruir o fígado lentamente e ainda não possui vacina.

Ao lado do alcoolismo, a hepatite C é a principal causa de cirrose hepática e de transplantes de fígado no mundo, podendo também causar câncer.

A hepatite B é uma doença grave, com transmissão principalmente por meio do contato sexual, materiais cortantes ou perfurantes contaminados por sangue, mas que pode ser prevenida através da vacinação.