São Paulo - Os paulistanos temem decepcionar a parceira na cama, 60,9% têm preocupação freqüente com o próprio desempenho sexual e apenas 38,5% são confiantes. Mais da metade, 55,3%, apresenta algum grau de dificuldade de ereção. Esses dados estão na pesquisa Mosaico Brasil, conduzida pelo Projeto Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP. A pesquisa revelou ainda que, entre dez capitais brasileiras, o paulistano é o mais infeliz no sexo.
Segundo a coordenadora do projeto Carmita Abdo, a qualidade do sexo está ligada à saúde física e emocional. Estresse, excesso de trabalho, congestionamentos e poluição impedem maior felicidade nesse ponto. "O estilo de vida de São Paulo não favorece uma vida sexual saudável." A pesquisa revelou ainda aspectos positivos da vida sexual do brasileiro, segundo Carmita.
São Paulo obteve o maior índice de avaliação da vida sexual entre regular e péssimo: 25,4% dos homens e 29,1% das mulheres não estão satisfeitos com a vida sexual. A média do País foi de 20,5% dos homens e 23,6% das mulheres no Brasil insatisfeitos com o sexo que praticam.
Para o paulistano, o sexo não é fundamental para uma boa qualidade de vida. Vem apenas em quarto lugar num ranking de dez itens sobre qualidade de vida para o morador da capital. Aparece abaixo de alimentação saudável, convivência com a família e prática de exercícios. Entre as paulistanas, o sexo vem em terceiro.
O índice de pessoas que conversam sobre sexo em família é de 57,9% entre os homens e de 60,6% entre as mulheres. "A educação sexual começa a ser realidade na família brasileira. " Os brasileiros pensam, e muito, em sexo. Para 95% das mulheres e homens, manter uma vida sexual ativa com o parceiro (a) é fundamental para a harmonia do casal. As informações são do
Jornal da Tarde.
AE