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17/11/2008 - 13h00

Aspirina influencia exame que detecta câncer de próstata, diz estudo

São Paulo - Homens que ingerem regularmente aspirina ou outros medicamentos antiinflamatórios não-esteroidais apresentam níveis de PSA (antígeno prostático específico) significativamente menores, segundo estudo feito na Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos. O exame de PSA é usado para identificar a possibilidade de se desenvolver câncer de próstata.

De acordo com Agência Fapesp, a pesquisa será apresentada esta semana em Washington, na 7ª Conferência Anual Internacional sobre as Fronteiras da Pesquisa Preventiva do Câncer, organizado pela Associação Norte-Americana de Pesquisa do Câncer. O estudo envolveu 1.277 participantes submetidos a biópsia de próstata. Do total, 46% consumiam medicamentos antiinflamatórios não-esteroidais, principalmente aspirina. Após ajustes para idade, raça, histórico familiar de câncer de próstata, obesidade e outras variáveis com efeitos independentes no tamanho da próstata, os cientistas verificaram a estreita associação.

Os resultados mostraram que os níveis de PSA eram em média 9% menores nos indivíduos que tomavam aspirina na comparação com aqueles que não ingeriam o medicamento. Níveis mais elevados de PSA sugerem maior risco de ter a doença, mas também podem indicar hiperplasia prostática benigna, um aumento não-canceroso do órgão. No entanto, um dos autores do estudo, o professor de medicina Jay Fowke, alertou que o uso de aspirinas ou de outros medicamentos antiinflamatórios não-esteroidais pode prejudicar a detecção da doença.

Câncer de Próstata

Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Próstata. Depois do câncer de pele, o de próstata é o mais comum entre homens, principalmente com idade acima de 50 anos. A detecção precoce, por meio do toque retal associado ao exame do PSA, eleva as chances de cura em até 90% dos casos. Estudo do Ministério da Saúde mostra que a taxa de mortalidade pelo câncer de próstata é a terceira que mais cresceu no Brasil entre 1980 e 2005, saltando de 5,9 para 11,4 para cada grupo de 100 mil/hab - aumento de 95,1% em 25 anos. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil terá neste ano 49.530 novos casos de câncer de próstata.

AE


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