O número de beneficiários dos planos privados de assistência médica chegou a 18,5% da população do país em 2005, indica pesquisa divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) - cujo objetivo é verificar como está estruturado o setor de saúde no País -, revelando dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
As atividades ligadas à saúde no Brasil geraram R$ 97,3 bilhões em 2005, sendo que a saúde pública foi responsável por 33,4% desse total, segundo pesquisa divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O objetivo da pesquisa é verificar como está estruturado o setor de saúde no país. Leia mais |
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PESQUISA DO IBGE |
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De acordo com os números, em junho de 2005 existiam cerca de 34 milhões de vínculos de beneficiários a planos privados de assistência médica e 6 milhões de vínculos a planos exclusivamente odontológicos. Entre junho de 2000 e junho de 2005, o número de beneficiários no segmento de planos de assistência médica cresceu 11%.
A maior taxa de cobertura foi registrada em São Paulo, com 35,7% de sua população coberta por planos privados de saúde; e a menor em Roraima, com 2,3%. Entre 2000 e 2005, a receita dessas operadoras privadas médico-hospitalares, apurada pela ANS, passou de R$ 21,8 bilhões para R$ 36,4 bilhões. A pesquisa mostrou ainda que a saúde pública é a principal despesa de consumo final das administrações públicas, passando de 2,4% a 2,6% do PIB (Produto Interno Bruto) entre 2000 e 2005.
O estudo traz também dados sobre importações de bens e serviços relacionados à saúde, que chegaram a R$ 10 bilhões em 2005, ou o equivalente a 4% do total das importações brasileiras. Já as exportações de bens e serviços de saúde atingiram R$ 1,9 bilhão, ou 0,6% do total das exportações brasileiras em 2005.
Segundo o IBGE, a participação das importações na oferta total de bens e serviços de saúde é "especialmente alta" para os produtos farmoquímicos, ou insumos usados na produção de medicamentos. Em 2003, 93,9% da oferta de farmoquímicos no mercado brasileiro era de produtos importados, proporção que caiu para 83,2% em 2005.