Integrantes do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) defenderam ontem que o uso de substâncias inócuas (placebos) em pesquisas de medicamentos com seres humanos seja banido em todo o mundo quando já houver tratamento estabelecido.
O placebo é utilizado atualmente como meio de comparação em testes de diferentes remédios, mesmo no caso de doenças que já têm terapias definidas, o que pode levar participantes das pesquisas que recebem a substância inócua a ter piora em seu estado de saúde, alertaram os representantes do CFM e da Conep.
As declarações de Dirceu Greco, integrante da comissão e professor da Universidade Federal de Minas Gerais, e de Edson Oliveira Andrade, presidente do conselho, geraram polêmica durante o Fórum de Ética em Pesquisa, em São Paulo, evento que pretende contribuir para o posicionamento do Brasil no processo de revisão da Declaração de Helsinque, que em 1964 estabeleceu os princípios para os estudos com humanos. As informações são do jornal
O Estado de S.Paulo.