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01/01/2008 - 12h22

Risco de dengue é maior no início do ano

Da Agência Estado
Em Brasília
A dengue é uma ameaça mais séria no início do ano. A atenção das autoridades sanitárias volta-se agora para o comportamento que a epidemia terá no país nesse período. É entre janeiro e maio que ocorre o maior número de casos da doença. Em 2007, 82% dos casos foram notificados nos primeiros cinco meses do ano.

Embora o ano passado tenha registrado 200 mil casos da doença a mais do que em 2006, há agora uma perspectiva um pouco menos sombria. Levantamento rápido para detectar focos do inseto transmissor da doença, o Aedes aegypti, feito no fim de 2007, mostrou um índice de infestação menor do que em 2006. O trabalho indicou uma queda de 17% no número de áreas de risco de epidemia.

Apesar da redução, há ainda muitos motivos para ter atenção com a doença. O levantamento mostra que 32,6 milhões de pessoas vivem em municípios considerados de alerta ou de risco para epidemia - o que corresponde a 48% da população. Além disso, o estudo é um instrumento útil apenas para orientar as ações de prevenção. Caso as medidas não sejam adotadas, nada impede que o número de criadouros aumente com a chegada das chuvas.

Um dos problemas detectados pelo levantamento foi em relação ao tipo de criadouro encontrado. Nas regiões Norte e Nordeste, a maioria dos focos do Aedes estava relacionada a falhas de infra-estrutura. Boa parte dos municípios analisados no levantamento nas duas regiões apresentou maior proporção de larvas do mosquito em caixas d'água e poços - artifícios usados pela população que não tem abastecimento contínuo de água. E não há, a curto prazo, nenhuma perspectiva de que a situação nestas regiões seja mudada. A alternativa será checar se caixas estão bem fechadas e usar larvicidas quando houver focos nos depósitos de água.

Mortes

Além de controlar o número de casos, o programa de combate à dengue tem ainda o desafio de tentar reduzir a taxa de letalidade da doença. Nos últimos anos, a proporção do número de mortes vem aumentando. Em 2002, quando foi registrado o maior pico da doença, 5,5% dos doentes morreram. Em 2007, a taxa de letalidade foi duas vezes maior. Quanto mais antiga a epidemia, maior o risco de doentes contraírem a forma hemorrágica da doença.

Este tipo de dengue, mais grave, ocorre quando o paciente já teve a doença uma vez e se infecta novamente, por um outro sorotipo do vírus. Atualmente, há três tipos de vírus circulante: Den 1, Den 2 e Den 3. Além do maior número de casos de dengue hemorrágica, há falhas no tratamento para tais pacientes. Para tentar melhorar o atendimento, o Ministério da Saúde enviou material explicativo sobre a doença para médicos que integram a lista do Conselho Federal de Medicina.

Lígia Formenti


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