Nave Atlantis chega ao Hubble e começará reparos

Em Washington

A tripulação do ônibus espacial Atlantis conseguiu hoje acessar com um braço robótico o telescópio espacial Hubble, que orbita a 560 quilômetros da Terra, e levá-lo a seu bagageiro, onde ficará até ser reparado.

Agora, a tripulação tem cinco dias para trabalhar no telescópio, tarefa relativamente perigosa, já que estarão orbitando em uma zona onde circula uma grande quantidade de lixo espacial.

A tripulação do Atlantis partiu na segunda-feira da base de Cabo Canaveral, em uma missão de 11 dias que tem como objetivo reparar e substituir algumas peças do telescópio, um instrumento que deu à humanidade algumas das melhores imagens do espaço, mas que tinha sido praticamente abandonado nos últimos seis anos.

A missão é dirigida pelo capitão retirado da Marinha de Guerra dos Estados Unidos Scott Altman, que já esteve à frente de três missões espaciais.

Ele é acompanhado do piloto Gregory Johnson e dos especialistas Michael Good, John Grunsfeld, Andrew Feustel, Megan McArthur e Mike Massimino Nesta quinta-feira, Grunsfeld e Feustel deixarão o ônibus e trabalharão durante seis horas no Hubble, no primeiro dos cinco passeios previstos para esta missão.

Ao contrário dos acoplamentos à Estação Espacial Internacional (ISS) -um projeto de US$ 100 bilhões no qual participam 16 nações-, os astronautas do Atlantis não estarão unidos a nenhuma base de operações.

Isso significa que, se a nave sofrer um problema durante os trabalhos no Hubble, eles não poderão se refugiar na estação.

Segundo a Nasa (agência espacial americana), há uma possibilidade em 229, uma proporção muito alta para este tipo de viagens, que uma peça de lixo espacial ou um micrometeorito provoque uma catástrofe no Atlantis.

Caso ocorra algum acidente, a Nasa tem uma segunda nave, a Endeavour, pronta em outra rampa do Centro Kennedy para partir na busca dos astronautas do Atlantis.