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15/12/2008 - 10h00

Risco de ser obeso está no cérebro, segundo estudo

Da Efe
Em Londres
A obesidade poderia ser "uma coisa mental", em vez de uma disfunção metabólica, afirma um novo estudo que revela a existência de seis genes vinculados a essa condição.

No total, cinco dos genes estão ativos no cérebro, motivo pelo qual os cientistas crêem que a descoberta poderia possibilitar novos tratamentos com o objetivo de modificar a atitude mental das pessoas diante dos alimentos, e não o desejo de comer.

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O estudo, publicado na revista "Nature Genetics", tomou como base a análise genética de 90 mil pessoas cujo DNA foi analisado em busca de mínimas mutações e comparado com seu índice de massa corporal.

Os especialistas descobriram seis variantes genéticas que parecem estar na origem de um pequeno, mas significativo, aumento do peso.

Se uma pessoa possuísse as seis variantes, pesaria de um quilo e meio a dois quilos a mais que um indivíduo médio.

O fato de cinco dessas variantes estarem vinculadas a genes ativos no cérebro permite crer que a obesidade tem a ver com esse órgão.

"É surpreendente que seja o cérebro -e não o tecido adiposo ou os processos digestivos- o mais influenciado normalmente pela variação genética na obesidade", afirma Inês Barroso, do Wellcome Trust Sanger Institute, perto de Cambridge, Reino Unido.

Calcula-se que entre 40% e 70% da variação do índice de massa corporal seja causado pelos genes, mas até pouco tempo atrás acreditava-se que os genes vinculados à obesidade eram os que modificavam a fisiologia do corpo, como o LEP, responsável pelo hormônio leptina, que modula o consumo e gasto energético.

Segundo Ruth Loos, da Unidade de Epidemiologia do Conselho de Pesquisas Médicas do Reino Unido, as mutações que acontecem nos genes ativos no hipotálamo têm forte influência no peso das pessoas.

"As pessoas portadoras dessas mutações são muito obesas. Tais mutações podem ser consideradas excepcionais, mas achamos que pode ocorrer algo similar no caso da obesidade comum. Muitos, se não a maioria dos genes associados ao aumento do índice da massa corporal, estão ativos no cérebro", ressaltou Loos.

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