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07/04/2009 - 12h50

Pesquisa mostra que consumo de carne com gordura pelo brasileiro diminuiu

Mariana Jungmann
Da Agência Brasil
A jornalista Ana Cristina Padilha, de 29 anos, procura controlar a alimentação e incluir nas principais refeições, durante a semana, carne magra, salada, arroz integral e feijão. Ela faz parte do perfil que o Ministério da Saúde observa que tem sido cada vez mais adotado no Brasil.

De acordo com o estudo Vigilância e Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgado hoje (7), o índice de pessoas que consomem carne com gordura caiu de 39,2% em 2006 para 33,8% em 2008. Já o consumo de frutas e hortaliças cinco dias na semana subiu 23,9% para 31,5%. Quando a quantidade observada são os 400 gramas diários recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - o que significa algo em torno de cinco porções por dia, cinco dias na semana - o número de pessoas que alcançam o valor também subiu de 5,6% em 2006 para 15,7% em 2008.

"O que eu procuro fazer é controlar melhor a alimentação durante a semana para no fim de semana poder extrapolar um pouquinho num doce ou numa fritura", explica Ana. A idéia de compensação expressada por ela também é compatível com alguns paradoxos apresentados pela pesquisa. Apesar da diminuição do consumo de carnes gordurosas e e do aumento da presença de frutas e hortaliças na dieta, os brasileiros ainda apresentam um alto consumo de leite integral (com gordura) - 56,5% dos brasileiros tomam o leite desta forma. O consumo de refrigerantes também é alto, 27,8% da população ingere o produto regularmente. Quando se trata de jovens entre 18 e 24 anos, o número sobe para 39%.

Nenhum dos dois itens, entretanto, está presente na dieta de Ana Padilha. Ela diz que há algum tempo trocou os refrigerantes do tipo diet ou zero açúcar pelos sucos e não costuma tomar leite. "Quando vou consumir laticínios eu como queijo branco, do tipo minas frescal. Quase nunca tomo leite e quando isso acontece eu prefiro os desnatados", conta Ana. Esse também é um padrão observado no estudo: o consumo de leite gorduroso cai com a idade e com o aumento da escolaridade, mas sempre fica acima de 40% da população.

Todos os cuidados de Ana com a alimentação expressam uma briga antiga com a balança e em busca de mais saúde. Com índice de massa corporal (IMC) de 23, a jornalista não atinge o grupo das pessoas com sobrepeso, que são as que têm IMC de 25 ou mais. Nem tampouco está obesa, com IMC a partir de 30. "A vida toda eu sempre tive essa preocupação com controle de alimentação para perder ou manter peso. Mas, depois de uma certa idade a gente começa a se preocupar também com a saúde, com o envelhecimento saudável", explica.

Além da preocupação com a alimentação, Ana Padilha também pretende voltar a praticar exercícios físicos. Segundo ela, a rotina que incluía esportes e academia antes acabou se tornando incompatível com a falta de tempo imposta pelo trabalho. "Estou matriculada em uma academia, mas sou praticamente uma turista. Pretendo voltar a praticar exercícios na hora do almoço", finaliza.

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