Veja algumas dicas para observar o céu

Flávia Dourado
Especial para o UOL Ciência e Saúde

Um lugar ideal para observar constelações deve ser pouco iluminado e não ter obstáculos bloqueando o horizonte. Em locais como a cidade de São Paulo, por exemplo, a visibilidade dos astros é comprometida pela poluição luminosa e pela própria poluição atmosférica.

Se o lugar for muito escuro, o observador pode usar uma lanterna com filtro vermelho, cor que sensibiliza menos os olhos. Segundo o físico e astrônomo amador Dulcidio Braz Jr., lanternas convencionais não são recomendadas porque a luz forte e branca que emitem pode atrapalhar o processo de observação. "Na falta de uma lanterna com filtro, algumas camadas de papel celofane bastam para que a luz fique bem avermelhada", sugere.

Com iluminação adequada e planisfério em mãos, o astrônomo deve identificar um astro de referência. A partir dele, poderá, então, encontrar outros objetos. "Uma boa forma de fazer isso é usar a distância entre o dedão e o dedo mínimo como uma medida angular de 20º. Com um olho aberto e outro fechado e a mão espalmada, é possível localizar estrelas, planetas e constelações", diz o professor da Sociedade Brasileira para o Ensino da Astronomia, Walmir Thomazi Cardoso.

Caso os astrônomos iniciantes já tenham experiência suficiente para usar instrumentos óticos, como binóculos e telescópios, o indicado é que comecem observando a Lua, os planetas e o Sol. O astro-rei, entretanto, deve ser sempre projetado em um papel branco, porque sua luz pode cegar. Posteriormente, eles podem passar para a observação de estrelas múltiplas, estrelas variáveis e outros objetos celestes.