Doação de medula óssea e de cordão umbilical: esperanças para quem sofre de leucemia

Crys Araújo
Especial para o UOL Ciência e Saúde

Outro tipo de doação que pode ser feita durante a vida, é a de medula óssea, na verdade um tecido líquido, que ocupa o interior dos ossos. O transplante é indicado em alguns tipos de leucemia e algumas doenças do sangue.

Qualquer pessoa pode doar, desde que tenha entre 18 e 55 anos de idade e goze de boa saúde. Para se cadastrar, é preciso procurar o hemocentro mais próximo, onde é agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas e, em seguida, colhe-se uma amostra de sangue (10 ml) para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador).

Os dados do doador são inseridos no cadastro do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir se quer mesmo fazer a doação. O procedimento é seguro, é realizado em ambiente cirúrgico, sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas.

Outras dúvidas sobre doação de medula podem ser esclarecidas no site do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Doação de sangue do cordão umbilical

Com a escassez de doadores de medula óssea, o sangue do cordão umbilical tornou-se uma alternativa para quem precisa de um transplante e não encontra doador compatível. Rica fonte de células-tronco, o cordão reconstitui células do sangue e, por isso, podem ser transplantadas sem a necessidade de uma completa semelhança entre o paciente e o doador.

Responsáveis pelo Banco Público de Sangue de Cordão Umbilical do Hospital Israelita Albert Eisntein destacam, também, que a doação não oferece risco à doadora nem ao seu bebê. A coleta é efetuada durante o parto e, em outra situação, o material seria descartado no lixo.