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16/04/2008 - 10h20

Cientistas do Rio participam de estudo com novos remédios contra câncer de mama

Da Redação*
Pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) participam de um estudo, conduzido mundialmente pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, que investiga a eficácia de dois medicamentos inovadores para o combate ao câncer de mama.

Os medicamentos são capazes de inibir um gene específico, o HER2, que torna os tumores mais agressivos. A pesquisa acompanha mulheres que sofreram cirurgias para a retirada de tumores da mama e introduz um novo conceito para o tratamento da doença no Brasil.

Trata-se de uma área relativamente nova na oncologia, a terapia de alvo molecular, em que os remédios só agem em um foco específico, aumentando a eficácia do tratamento e diminuindo os efeitos colaterais. A quimioterapia, ao contrário, age nas células como um todo e, por conta disso, provoca danos como a redução de glóbulos brancos ou a queda de cabelo.

Os dois medicamentos avaliados no HUCFF com mulheres portadoras da doença são o Lapatinibe e o Trastuzumabe. Os trabalhos estão sendo desenvolvidos por meio de um consórcio que envolve 30 países e, no Brasil, é conduzido pelo Núcleo de Pesquisa em Câncer da UFRJ.

Segundo o coordenador do projeto no país, o professor Eduardo Côrtes, da Faculdade de Medicina da UFRJ, esses dois fármacos atuam diretamente contra o HER2, oncogene presente em cerca de 25% dos tumores de mama que, além de estimular a célula cancerígena a crescer, aumenta sua capacidade de invadir outros órgãos no organismo.

As cerca de 40 mulheres avaliadas atualmente no Núcleo de Pesquisa em Câncer do HUCFF, segundo Côrtes, são resistentes a outros medicamentos disponíveis no mercado e considerados eficazes no combate ao câncer de mama. Ao todo, somando as pacientes de outros países, são 3 mil mulheres em análise.

Esses dois inibidores devem ser tomados pelas mulheres depois das cirurgias, uma vez que, nesse estágio, um número significativo delas ainda têm pelo corpo micrometástases, ou pequenos tumores. As substâncias podem reduzir em até 40% o aparecimento de metástases.

Mulheres de todo o país com câncer de mama, interessadas em participar dos estudos e em ter acesso gratuito ao tratamento com os medicamentos inibidores do HER2, podem entrar em contato com a equipe do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ.

Mais informações: nucpesquisacancer@hucff.ufrj.br ou (21) 2562-2561.

*Com informações da Agência Fapesp

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