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31/03/2008 - 18h31

Após ser foco de febre amarela, Goiás registra aumento nos casos de dengue

Sebastião Montalvão
Especial para o UOL, em Goiânia
Após o pesadelo da febre amarela, quando foi o principal foco da doença no país, o Estado de Goiás agora enfrenta a dengue. Levantamento da secretaria da Saúde aponta crescimento de 8,82% no número de casos da doença, em relação ao mesmo período de 2007.

Até 21 de março, foram notificados em Goiás 8.025 casos, mais da metade do que todo o ano de 2007, que registrou 15.416 casos. No entanto, há indícios de subnotificação, já que, dos 246 municípios goianos, 111 não apresentaram notificações da doença em oito semanas consecutivas nesse ano.

"Já prevíamos um aumento de incidência da dengue neste ano com relação ao ano passado. Isso porque se a chuva aumenta, corre-se o risco de a incidência da doença também crescer", disse Cairo, antes de pedir demissão da pasta na manhã desta segunda-feira, alegando motivos pessoais.

Assim como no restante do país, a preocupação maior é no que diz respeito ao aumento do número de casos em crianças. A secretaria não tem números absolutos, mas fala em crescimento na ordem de 80%.

A predominância, no Estado, é do vírus tipo 2. Em 2006, quando Goiás enfrentou uma epidemia de dengue - registrando 30.386 casos e 24 óbitos - o mais comum era a circulação do vírus tipo 3. Portanto, se alguém que já foi infectado com o vírus tipo 3 contrair o tipo 2, a doença será mais agressiva.

Até agora, a doença já foi registrada em 86 municípios goianos. As cidades com índice mais elevado da doença (em números absolutos) são: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Caldas Novas, Porangatu, Rio Verde, Trindade, Jaraguá, Minaçu e Goianira. Apesar desses municípios apresentarem maiores números registrados, existe uma preocupação com as cidades que apresentam índices mais elevados se levado em consideração o número de habitantes.

Prêmio

A Secretaria de Saúde decidiu premiar as prefeituras que conseguirem diminuir os índices de infestação. Os valores, entre R$ 1 mil a R$ 5 mil, serão pagos com recursos do Teto Financeiro de Vigilância em Saúde, do governo federal.

Além da política de incentivo, a secretaria também está enviando notas técnicas aos municípios, recomendando a abertura de salas de reidratação para atender às pessoas com sintomas da doença. Também serão repassados aos municípios 400 mil envelopes de sal reidratante.

Os critérios da premiação ainda não foram definidos e os detalhes do programa de incentivo serão divulgados no próximo dia 7, quando haverá uma reunião com representantes dos municípios goianos para tratar da questão. Toda esse trabalho, no entanto, pode esbarrar em problemas administrativos devido à demissão do secretário, responsável pelo projeto.

A superintendente da pasta, Maria Lúcia Carnelosso, assumiu interinamente a vaga. Procurada pela reportagem, ela não quis falar com a imprensa. Ao telefone ela afirmou que, por não saber se seria efetivada como secretária, preferia não se pronunciar no primeiro dia. A assessoria de imprensa da secretaria informou, no entanto, que o programa de combate à dengue será mantido.







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