A superintendente executiva da Secretaria de Saúde de Goiás, Maria Lúcia Carnelosso, avaliou como insuficientes as 200 mil doses de vacina contra a febre amarela que, segundo comunicado do Ministério da Saúde, serão enviadas para o Estado nesta quinta-feira (17).
O carregamento faz parte de um novo lote de 650 mil doses da vacina liberado na terça-feira para os Estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, localidades que fazem parte ou estão próximas às áreas consideradas de risco pelo Ministério da Saúde.
O novo lote complementa a remessa inicial de 2,2 milhões de doses, disponibilizada para Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Distrito Federal, após a confirmação dos primeiros casos de febre amarela neste ano.
Ainda assim, pelos cálculos de Carnelosso, seriam necessárias mais 250 mil aplicações por semana para não haver risco de falta do medicamento nos postos de saúde de Goiás, onde a demanda cresceu muito esta semana.
"Nós reconhecemos o esforço do Ministério da Saúde em fabricar novas doses da vacina. Eles realmente têm dado prioridade para a nossa região", comentou a superintendente.
"Mas como nosso Estado é muito grande, são mais de 240 municípios, está difícil atender a todos sem deixar faltar vacina em algum momento."
NOVO LOTE DE VACINAS |
---|
ESTADO | DOSES RECEBIDAS |
---|
GO | 200 mil |
---|
MG | 100 mil |
---|
TO | 100 mil |
---|
SP | 100 mil |
---|
PR | 100 mil |
---|
MS | 50 mil |
---|
|
Apesar do risco de desabastecimento, os postos de saúde de algumas cidades tiveram seu horário de atendimento estendido. Em Goiânia, onde a população tem enfrentando longas filas desde o início da semana, a vacinação contra a doença vai até as 22h.
Em Goiás, estima-se cerca de 1,8 milhão de pessoas foram vacinadas contra a febre amarela e a previsão é de o número ultrapasse os 2 milhões nos próximos dias.
Procura cresce em outros centrosOutros centros do país registraram grande procura pela vacina contra a febre amarela nos últimos dias. Em Belém (PA), as filas em postos de saúde são crescentes e há risco dos estoques terminarem. No Rio, a
procura foi alta ontem, apesar dos avisos das autoridades de que a vacinação em massa era desnecessária e que apenas quem fosse viajar para áreas de risco deveriam se proteger. Nenhum dos dois Estados está incluído na área de risco de contágio ou registrou qualquer caso suspeito este ano.
Desde o começo do mês foram
confirmados dez casos da doença em humanos, todos tendo Goiás como local suspeito de contaminação. No total, sete pessoas morreram, número que supera os dados de 2007, quando foram registrados seis casos de febre amarela, com cinco mortes.
*Com informações da Agência Brasil