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30/04/2009 - 15h49

Máscara descartável não é 100% eficaz, mas é suficiente para a maior parte das pessoas

Do UOL Ciência e Saúde
Em São Paulo
Máscaras cirúrgicas simples, como as que têm sido vistas nas ruas do México, não oferecem proteção 100% eficaz contra os vírus, dizem especialistas. Mas a medida ajuda a reduzir a transmissão e seu uso é indicado, no caso dos brasileiros, para quem vai viajar a áreas com casos confirmados da gripe suína.

O infectologista David Uip, diretor do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, afirma que a máscara simples oferece proteção a população em geral em situações corriqueiras, em que há aglomeração de pessoas. "Já em ambiente hospitalar, a proteção deve ser diferente", diz.

Para os profissionais de saúde, a proteção indicada é a máscara com certificação N95 ou PFF2, também chamadas de "bico de pato", por seu formato. Elas possuem um filtro especial que impede a passagem de micro-organismos tão pequenos quanto os vírus.

O infectologista Gustavo Johanson, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que a máscara 'bico de pato' é essencial, também, para evitar a transmissão da tuberculose, causada por bacilo, pois o agente patológico permanece em suspensão no ar mesmo depois que as gotículas de saliva contaminadas ressecam.

Mas ele ressalta que pessoas comuns não devem se preocupar em adquirir uma máscara especial como essa. "O importante, no caso da gripe suína, é filtrar as gotículas expelidas na tosse ou no espirro, impedindo que a pessoa contamine o ar ou seja contaminada por ele. E isso a máscara comum faz", diz. Além disso, ele reforça a importância de lavar as mãos para evitar o contágio desse e outros tipos de gripe.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o infectologista Artur Timerman, dos hospitais Albert Einstein e Heliópolis, avisa que as máscaras cirúrgicas descartáveis perdem a eficácia após duas ou três horas de uso porque os poros do tecido se dilatam com a respiração. Também vale ressaltar que a máscara deve cobrir não só a boca, mas também o nariz.

Timerman avalia, assim como outros especialistas, que a utilização de máscaras no Brasil não faz o menor sentido. "É muita pirotecnia", garante.

Veja quais as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para quem vai viajar ou acaba de desembarcar de países em que há casos confirmados da doença:

AOS VIAJANTES QUE SE DESTINAM ÀS ÁREAS AFETADAS

- Usar máscaras cirúrgicas descartáveis durante toda a permanência em áreas afetadas. Substituir as máscaras sempre que necessário
- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável
- Evitar locais com aglomeração de pessoas
- Evitar o contato direto com pessoas doentes
- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal
- Evitar tocar olhos, nariz ou boca
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar
- Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes
e roteiro de viagens recentes às áreas afetadas
- Não usar medicamentos sem orientação médica


AOS VIAJANTES PROCEDENTES DE ÁREAS AFETADAS

Caso apresentem febre alta de maneira repentina (> 38ºC) e tosse acompanhadas ou não de dores de cabeça, musculares, nas articulações e dificuldade respiratória, em um período de até 10 dias após saírem de área afetada pela influenza suína OU terem tido contato próximo, nos últimos 10 dias, com uma pessoa classificada como caso suspeito de influenza suína, devem:

- Procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima
- Informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem.

Observação: São áreas afetadas os locais com casos confirmados e divulgados pela OMS ou Governos dos países afetados.


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