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06/05/2009 - 16h03

Segunda cepa de vírus pode complicar quadro da gripe, diz estudo

Por Maggie Fox
Uma segunda cepa de influenza, que está entre as cepas sazonais, pode ter sofrido mutação e estar complicando a situação no México, relataram pesquisadores canadenses na quarta-feira.

Eles descobriram uma cepa do vírus H3N2 que parece ter se modificado e pode ter complicado o quadro da gripe no México, epicentro do surto de uma nova cepa do vírus da gripe suína H1N1.

Uma delas foi verificada em um viajante que retornou do México, relatou a equipe do Centro para Controle de Doenças da British Columbia ao Pro-MED, um fórum online para especialistas em doenças infecciosas. E ela pode estar envolvida no surto de gripe excepcionalmente tardio em instituições de saúde de longa permanência este ano.

O novo vírus H1N1 matou ao menos 42 pessoas no México e duas nos Estados Unidos, disseminou-se ao redor do planeta e deixou o mundo à iminência de uma pandemia. Ele parece agir da mesma forma que a gripe sazonal, mas tem causado perplexidade entre os médicos porque também mata alguns jovens e adultos aparentemente saudáveis - fora do padrão comum da influenza, que atinge de maneira mais severa idosos, pessoas com doenças crônicas e as muito jovens.

Danuta Skowronski e colegas disseram que sequenciam de forma rotineira o gene hemaglutinina das amostras de vírus influenza coletadas a cada temporada por médicos, hospitais e instituições de saúde da província de British Columbia, no Canadá. A hemaglutinina dá ao vírus da gripe o 'H' de seu nome, como no H1N1 ou no H3N2, e é encontrada na superfície do vírus.

As vacinas têm como alvo a hemaglutinina e, quando esta se modifica, têm de ser mudadas também. Este ano a vacina alveja cepas de influenza H3N2, uma cepa do H1N1 diferente da nova cepa da gripe suína e uma cepa de influenza B.

"Até meados de fevereiro de 2009, as sequências de aminoácidos do gene hemaglutinina dos vírus H3 na British Columbia eram virtualmente idênticas à cepa da vacina", escreveu Skowronski.

"No começo de março de 2009, entretanto, detectamos diferenças adicionais da cepa da vacina entre os vírus da British Columbia coletados em locais dentro do contexto do surto". Eles verificaram essas modificações apenas nas amostras de vírus coletadas de pacientes de instituições de saúde.

Quando surgiu a notícia da nova cepa do H1N1, eles fizeram mais testes.

"Sequenciamos o gene hemaglutinina de um dos três vírus H3 de um viajante doente retornando do México e verificamos que ele compartilha as mesmas modificações", escreveram eles.

"Na British Columbia, essas mutações no H3 sugiram em algum momento no começo de março de 2009 e observamos ao menos um viajante que provavelmente adquiriu a doença em razão desse vírus no México", eles escreveram.

"Portanto, nós também nos perguntamos sobre até que ponto o perfil da doença semelhante à gripe inicialmente relatada em meados de março no México pode em parte ser atribuído a essa variante do H3N2 em adição à emergência do novo vírus A/H1N1".

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