Termina quarentena de 200 hóspedes de hotel em Hong Kong

Da Lusa
Em Hong Kong

Cerca de 200 hóspedes do hotel Metro Park de Hong Kong, entre eles dois portugueses, deixaram no final da manhã desta sexta-feira o edifício após uma semana de quarentena devido a uma suspeita de gripe A H1N1.

Já eram quase 11h (de Brasília) quando as portas do hotel se abriram para deixar sair os hóspedes ali retidos e que, uma vez na rua, não esconderam a sua alegria por ver terminada a quarentena.

"Graças a Deus está tudo bem e estamos de perfeita saúde. Estamos muito contentes por respirar ar fresco", disse à Lusa Rahul Mohanlal, um dos dois portugueses, que agradeceu ainda ao Governo da Região de Hong Kong todo o apoio dado ao grupo em isolamento.

"O mais importante é estarmos todos bem de saúde e voltarmos em breve para Lisboa para junto da família e dos amigos", acrescentou.

Também Mayur Mohanlal, irmão de Rahul, disse estar "muito, muito, muito feliz por poder respirar o ar da rua, o ar livre, e por ter a garantia do Governo de Hong Kong e das autoridades de saúde locais de estar completamente livre de qualquer doença, de qualquer infecção".

Os dois portugueses foram recebidos à porta do hotel pelo cônsul-geral de Portugal em Hong Kong e Macau, que os convidou para jantar num restaurante português.

Dezenas de pessoas, entre jornalistas, habitantes de Hong Kong e turistas, esperavam a saída do grupo.

Após abandonarem o edifício, os ex-hóspedes aproveitaram para tirar fotografias com os policiais, médicos e empregados do hotel com quem passaram a última semana.

Mayur Mohanlal estava com o irmão em Hong Kong depois de ter participado na feira de Cantão (China) e de Hong Kong. Ambos tinham partida prevista para 1° de maio para Portugal, tendo sido apanhados na região administrativa chinesa pela confirmação da infecção com gripe A H1N1 de um cidadão mexicano proveniente de Xangai.

"Tínhamos voo para Lisboa às 23h, tínhamos feito a saída do hotel, as malas estavam na recepção e fomos às compras. Quando voltamos vimos todo o aparato e por uma questão de consciência e bom senso decidimos ficar para evitar contagiar outros e a nossa família caso houvesse problema", explicou, no meio do período de quarenta, Rahul Molanhal.