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23/01/2009 - 15h32

Trauma pode modificar cérebro, revela estudo

Da Agência Estado
Em São Paulo
Pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) comprova que pacientes que sofrem de transtorno do estresse pós-traumático apresentam uma redução de 8% a 10% em duas regiões do cérebro - córtex pré-frontal e hipocampo -, o que compromete a capacidade de concentração, raciocínio e memória. Estudos anteriores haviam identificado o fenômeno em pacientes com quadros psiquiátricos graves, mas é a primeira vez que a análise foi feita em uma amostra da população comum.

Foram entrevistadas 2.700 pessoas, entre 15 e 75 anos, de diferentes regiões da cidade de São Paulo. Descobriu-se que 80% já haviam sido vítimas de violência ou vivenciado um trauma e, destas, cerca de 15% desenvolveram o transtorno. "Os entrevistadores foram treinados para identificar sintomas da doença. A maioria não sabia que tinha o problema", conta Marcelo Feijó de Mello, coordenador do Programa de Atendimento a Vítimas de Violência (Prove), da Unifesp.

Os entrevistados foram encaminhados para o Prove e divididos em dois grupos - os que desenvolveram e os que não desenvolveram estresse pós-traumático. Por meio de ressonâncias magnéticas comprovou-se a alteração no cérebro. "Uma das hipóteses é que o desequilíbrio nos níveis do hormônio cortisol - ligado ao estresse - possa causar a atrofia de algumas regiões do cérebro, pois são áreas muito sensíveis à substância", explica a bióloga Andrea Jackowski, responsável pela análise dos exames. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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