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21/01/2009 - 12h50

Suspensa venda de talco e condicionador da Turma da Mônica

Da Agência Estado
Em São Paulo
Atualizada às 14h16

A Secretaria da Saúde de São Paulo determinou hoje a interdição e recolhimento de 10 mil unidades do condicionador infantil da Turma da Mônica. Análise do Centro de Vigilância Sanitária constatou que uma amostra do produto tem pH mais baixo do que o registrado em sua fórmula, ou seja, é mais ácido do que deveria. Os condicionadores interditados são do lote 8057, com vencimento em fevereiro de 2010.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo proibiu a comercialização do talco cremoso Turma da Mônica do lote 7.226 (14.600 unidades), válido até agosto de 2009 e vendido em embalagem de 200 ml.

Um cosmético com pH mais ácido do que a pele da criança pode retirar o manto lipídico, que atua como um agente protetor da pele às agressões do meio ambiente, explica Antônio Carlos Madeira de Arruda, presidente do Departamento de Dermatologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo. Leia mais
PH MAIS ÁCIDO RETIRA PROTEÇÃO DA PELE
A fórmula do produto prevê valores de pH entre 5,5 e 6,5. A amostra analisada teve pH médio de 5,25, mais ácido que deveria. A Secretaria recomenda que o uso do produto seja suspenso. Caso o consumidor queira devolver ou trocar o condicionador, deve procurar o fabricante ou os órgãos de defesa do consumidor, como a Fundação Procon.

Esse é o segundo produto da Turma da Mônica interditado em menos de uma semana por problemas de acidez. Na sexta-feira, a secretaria determinou que a fabricante, a Lipson Cosméticos, recolhesse o lote 7226 do talco cremoso da linha.

A Secretaria notificou a Vigilância Sanitária de Diadema, município sede do fabricante, para que inspecione todas as etapas da produção da fábrica.

Outro lado

A Kimberly-Clark Brasil, que tem os direitos de comercialização dos produtos infantis da Turma da Mônica, divulgou nota explicando que o talco cremoso e o condicionador realmente possuem diferença entre o pH registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2007.

Segundo a nota, a diferença apurada é mínima e não torna o produto inadequado ao consumo, visto que não causa nenhum prejuízo à saúde, conforme resultados de testes emitidos pela Medlab - Laboratório de Análises Cientificas e Allergisa Pesquisa Dermato-Cosmética Ltda.

Para a empresa, não há a necessidade de recall envolvendo os produtos, já que não foi registrada nenhuma reclamação de consumidores e o registro dos produtos junto à Anvisa já foram atualizados pela empresa. A Kimberly-Clark e a Lipson Cosméticos, fabricante dos produtos, estão retirando os lotes junto a seus clientes por medida preventiva e estão empenhadas em regularizar a situação.


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