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01/07/2008 - 14h10

Robôs realizam cirurgias de endometriose e próstata em SP

São Paulo - Há três meses algumas cirurgias de próstata e endometriose (doença caracterizada pela presença de endométrio - camada interna do útero que é renovada mensalmente pela menstruação - e fora da cavidade uterina em órgãos como trompas, ovários, intestino, aparelho urinário e, em casos mais raros, até no pulmão) vem sendo realizadas com o auxílio do robô Da Vinci em hospitais de São Paulo. É a segunda geração de robôs que entra no País e torna mais seguras e precisas as intervenções realizadas por laparoscopia (com pequeninos orifícios no abdômen).

A primeira geração foi o braço cirúrgico Aesop, que começou a ser divulgado no Brasil a partir de 1993. Mas ele é usado apenas como auxiliar na movimentação da câmera laparoscópica. Já o Da Vinci possibilita movimentos cinco vezes mais precisos, segundo especialistas.

"Ele tem quatro braços. Um deles segura uma câmera de alta definição e nós operamos olhando para essa imagem. Os outros três carregam instrumentos cirúrgicos. O Da Vinci movimenta esses instrumentos em cavidades de 1 cm ou 1,2 cm e é possível criar escalas durante a operação", comemora Paulo Chapchap, superintendente de Desenvolvimento do Hospital Sírio Libanês.

Cássio Andreoni, urologista do Hospital Israelita Albert Einstein e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), também fala das vantagens da realização das operações de próstata com o Da Vinci. "O robô permite ao cirurgião maior amplitude de movimentos e uma visibilidade muito melhor do que em uma laparoscopia. O paciente também tem vantagens: há a preservação de nervos, tecidos, da musculatura que mantém a continência urinária e não há alteração da potência sexual. Enfim, o robô possibilita uma cirurgia melhor", garante.

Isso não significa, no entanto, que as intervenções robóticas irão substituir radicalmente as convencionais. "Operações mais simples não precisam de laparoscopia e a intervenção tradicional não vai acabar. As cirurgias com robô não podem ser realizadas em pacientes que têm múltiplas cirurgias abdominais, problemas cardíacos e pulmonares graves ou próstata muito grande", avisa Andreoni.

AE

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