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14/12/2007 - 14h44

Conferência de Bali está à beira de acordo, diz representante da ONU

Da BBC Brasil
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"Não estamos empacados de forma alguma. As pessoas estão trabalhando muito duro para resolver os pontos que ainda faltam", disse de Boer.

Ele afirmou que os problemas que ainda não foram resolvidos são "sérios, não são trabalho literário", mas seriam questões que dizem respeito não só às mudanças do clima como também às políticas econômicas.

Durante todo o dia, ministros e representantes de mais de 190 países estiveram discutindo a versão final do acordo que vem sendo chamado de "mapa do caminho de Bali" que traça um roteiro das discussões que devem culminar em 2009 com um substituto para o atual Protocolo de Kyoto.

"Por isso, estão dedicando muito tempo para garantir que o texto saia da maneira correta", disse de Boer.

Os negociadores de cerca de 190 países continuam discutindo os termos do acordo madrugada adentro em Bali e devem realizar nas próximas horas uma coletiva sobre o resultado das negociações. A expectativa é de que votem o documento neste sábado pela manhã.

Grande parte das discussões desta sexta-feira giraram em torno da discórdia entre Estados Unidos e União Européia (UE) sobre a adoção das metas recomendadas pelo Painel Intergovernamental para Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês).

O último relatório do IPCC afirma que são necessárias reduções de 25% a 40% nas emissões de carbono dos países desenvolvidos até 2020. A UE quer transformar a recomendação em metas obrigatórias, mas os americanos defendem a adoção de metas voluntárias e nacionais.

Segundo informações da delegação brasileira, o caminho encontrado para um acordo teria sido utilizar outra recomendação do IPCC, que prevê uma redução de 50% nas emissões até 2050.

"Quem está mais preocupado com isso é a União Européia", afirmou o embaixador Sérgio Serra, um dos negociadores brasileiros.

Para o Brasil, a proposta seria aceitável. No entanto, o embaixador paquistanês Masud Khan, presidente do G77, grupo que reúne países em desenvolvimento e a China, afirmou acreditar que o acordo final de Bali tenha pouca influência da ciência.

"O meu prognóstico é que muito pouca ciência seja refletida no documento, principalmente no que diz respeito a implicações ou ações", disse Khan, cerca de uma hora antes da entrevista de Yvo de Boer.

O representante dos países em desenvolvimento disse também ter detectado "uma espécie de agnosticismo em alguns países", no que diz respeito às conclusões do IPCC.

"Talvez essas dúvidas sejam relativas à enormidade dos cortes de emissão que vão ser necessários", disse Khan.


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