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23/01/2009 - 21h00

Documentário conta a história e as descobertas do telescópio Hubble

Tatiana Pronin
Editora do UOL Ciência e Saúde
Em órbita desde 1990, a cerca de 650 quilômetros da Terra, o telescópio Hubble tem sido uma das mais importantes ferramentas de investigação do espaço. Descobertas recentes sobre o nascimento e morte das estrelas, a existência dos buracos negros e de planetas fora do Sistema Solar só foram possíveis graças ao equipamento, que está prestes a se aposentar.

Mas o maior mérito do Hubble talvez esteja ligado a uma questão de marketing. "As imagens maravilhosas que têm sido produzidas a partir do telescópio aproximaram muito o público leigo da astronomia", considera o astrônomo Phil Plait, produtor do documentário "Hubble: A Última Missão", que a NatGeo exibe neste domingo às 22h, encerrando a série "Mês do Universo".

Nasa
Uma das descobertas recentes mais importantes do Hubble foi a presença de CO² em um planeta fora do Sistema Solar
Nasa
O telescópio será reajustado pela última vez em uma missão prevista para maio
VEJA IMAGENS DO HUBBLE
MISSÃO DE REPARO SERÁ EM MAIO
SAIBA MAIS SOBRE O TELESCÓPIO
NATIONAL GEOGRAPHIC CHANNEL
Autor do premiado blog "Bad Astronomy", Plait já trabalhou para a Nasa e lembra do constrangimento causado logo após o lançamento do caríssimo telescópio. Um problema na dimensão do espelho fazia com que as imagens ficassem todas embaçadas. Após a missão de reparo, o Hubble começou a produzir registros históricos. O esforço de divulgação também foi decisivo, na visão do astrônomo, que conversou com o UOL Ciência e Saúde: "A partir de então, vários outros observatórios importantes passaram a produzir releases e divulgar imagens, o que é ótimo para a astronomia".

O documentário mostra algumas das descobertas mais importantes feitas com ajuda do Hubble, como provas de que o universo está se expandindo cada vez mais rápido. O telescópio também forneceu as primeiras imagens detalhadas de como as estrelas nascem das nuvens de gás e poeira. Rastreou os fragmentos da supernova de mil anos que ainda se move pelo espaço e foi registrada pela primeira vez por astrônomos chineses em 1054.

A observação, em tempo real, do efeito devastador de um cometa em colisão com Júpiter foi outro feito memorável do telescópio. E, há poucos meses, o telescópio contribuiu para que fosse feita a primeira imagem direta de um planeta fora do Sistema Solar.

O telescópio de 12 toneladas, pouco menor que um ônibus, deve deixar de funcionar em 2010, segundo os cientistas. Antes de trazê-lo de volta, astronautas farão uma última viagem para fazer reparos no Hubble e dar-lhe alguma sobrevida. A missão está prevista para maio.

Seu sucessor será o James Webb, um telescópio mais largo que deve ir além da órbita do Hubble, passando pela Lua.

Veja algumas curiosidades sobre o telescópio:

- o Hubble é o primeiro telescópio espacial. Em órbita a 650 km da Terra, ele dá uma volta no planeta a cada 97 minutos;

- o telescópio corre o risco de se perder para sempre, pois instrumentos de importância vital para o seu funcionamento estão se decompondo. Uma das câmaras e um aparelho que decompõe a luz, chamado espectrógrafo, já não funcionam e os giroscópios que mantêm a orientação do telescópio estão falhando;

- o telescópio, que pesa 12 toneladas e tem o tamanho de um ônibus escolar, está realizando um movimento orbital espiralado e se afasta cada vez mais da Terra.

- as fotos enviadas pelo telescópio Hubble chegam em preto e branco. Os especialistas em imagens atribuem as cores de acordo com os elementos químicos detectados pelos instrumentos do Hubble. Os especialistas trabalharam por cerca de um ano para produzir um mosaico de imagens da nebulosa Carina a partir de 48 imagens individuais.


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