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25/11/2008 - 12h42

Sobrevida de pacientes com Aids no Brasil aumenta para nove anos

Piero Locatelli
Do UOL Notícias
Em Brasília
Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira mostra que
a sobrevida dos pacientes com Aids no país passou de 58 meses, em 1995, para 108 meses (nove anos) em 2007.

Divulgação
Material da campanha do Ministério da Saúde para 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a Aids. O foco na população com 50 anos ou mais foi escolhido porque a incidência dobrou nessa faixa etária nos últimos dez anos, segundo levantamento
AIDS DOBROU ENTRE "CINQÜENTÕES"
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"Isso reflete um aperfeiçoamento no diagnóstico e no tratamento," disse o ministro José Gomes Temporão, durante a apresentação dos dados, em Brasília.

Apesar de ser a área com a menor quantidade de portadores de Aids no país, a Região Norte é onde o vírus mais tem se proliferado, segundo os dados mais recentes.

Nessa parte do país, o número de portadores para cada 100 mil habitantes triplicou nos últimos dez anos. Em 1996, eram 4,1 casos. Em 2007, o índice saltou para 15,2 portadores para cada 100 mil pessoas.

Na ocasião, o ministério também lançou a campanha deste Dia Mundial de Luta Contra a Aids (1º de dezembro), que terá como foco a população com 50 anos ou mais. As estatísticas revelam que a incidência da doença dobrou nessa faixa etária nos últimos dez anos.

AIDS - TAXA DE INCIDÊNCIA POR 100 MIL HABITANTES
Norte4,115,2
Nordeste4,810,8
Sudeste25,319,9
Sul16,927,6
Centro-Oeste12,415,1
Total Brasil15,817,8
Região19962007
Regiões

A região com mais casos de Aids é a Sudeste, que concentra 60,4% dos portadores, mas é a única em que o número de casos caiu nos últimos doze anos.

O ministério estima que haja cerca de 630 mil pessoas contaminadas pelo HIV em todo o país.

Crianças

A sobrevida das crianças com Aids também aumentou. Uma pessoa com menos de 13 anos, portadora do vírus, em 1980, tinha 25% de chance de estar viva após 60 meses. O percentual subiu para 86% em 2002.

Entre 1996 e 2006, houve uma queda de 57,5% na transmissão vertical do vírus, quando uma mãe passa o HIV para o filho. Foram 892 casos notificados em 1996, contra 379 em 2006. "Os números comprovam a eficácia de medidas preventivas durante o pré-natal, que podem reduzir para menos de 1% o risco de transmissão vertical do vírus" afirmou Mariângela Simão, diretora do programa nacional de DST e Aids.



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