A maior plataforma internacional para permanência de astronautas no espaço completa, nesta quinta-feira, dez anos de existência. A Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês) começou com um módulo do tamanho de um ônibus, chamado de
Zayra, foi lançado do Cazaquistão no dia 20 de novembro de 1998.
A estação é um projeto de cooperação internacional entre as agências espaciais americana (Nasa), russa, canadense, japonesa e onze países membros da Agência Espacial Européia (ESA): Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Holanda, Noruega, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido. Ao todo, mais de 100 mil pessoas estão envolvidas no projeto.
Nos anos seguintes ao lançamento do primeiro componente, foram feitos 29 vôos espaciais para acrescentar módulos à estação, uma área interna equivalente a uma casa de cinco quartos. A ISS orbita a Terra a uma altitude entre 362 e 475 km.
Segundo a Nasa, 177 pessoas de 14 países já visitaram o complexo. Desde o primeiro grupo a permanecer na plataforma, em 2000, cerca de 19 mil refeições já foram feitas na Estação. Ao todo, foram realizadas 115 caminhadas espaciais.
Brasileiro no espaçoA Estação Espacial Internacional foi visitada por apenas um brasileiro, até hoje, o tenente-coronel Marcos Cesar Pontes, que ficou conhecido como o primeiro astronauta do país. Em
maio de 2006, ele viajou em uma nave Soyuz e passou oito dias a bordo, cuidando de experimentos em microgravidade, como a germinação de feijões. O custo da aventura ao governo brasileiro, de US$ 10 milhões, rendeu inúmeras
críticas e chegou a ser questionado pelo
Tribunal de Contas da União (TCU).
O próprio ex-astronauta também foi criticado por ter cobrado para proferir palestras, o que ele classificou como boatos propagados por invejosos. Após pedir
transferência para a reserva da Força Aérea Brasileira (FAB), Pontes passou a dividir seu tempo entre Houston e São Paulo. Em sua
homepage, diz que hoje atua como palestrante, consultor, empresário e ativista social.
Ele também afirma, no site, que está "à disposição do Brasil para tripular possiveis missões espaciais que o país venha a definir". Algo que parece estar muito longe de acontecer. O
novo acordo firmado entre Agência Espacial Brasileira (AEB) com a Nasa após a viagem de Pontes não contemplou o treinamento de um novo astronauta e os planos de levar mais brasileiros para o espaço parecem ter ido para o
congelador.