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06/06/2008 - 18h25

The New York Times: Técnica terapêutica sofisticada ou clichê de auto-ajuda?

Por Benedict Carey
The New York Times
Um recente estudo de pesquisadores canadenses, voltado especificamente para a meditação "mindfulness", concluiu que ela "não tem um efeito confiável sobre depressão e ansiedade."

Terapeutas que incorporam as práticas mindfulness também não concordam sobre quando a meditação é mais útil. Alguns dizem que a meditação budista é mais útil para pacientes com problemas emocionais moderados.

Outros, como Linehan, insistem que pacientes com severa perturbação mental são os melhores candidatos para essa prática.

Um caso em voga é a terapia baseada na meditação "mindfulness" para prevenir recaídas à depressão. O tratamento reduziu significativamente o risco de recaída em pessoas que tiveram três ou mais episódios de depressão. Mas pode ter surtido o efeito oposto em pessoas com apenas um ou dois episódios, conforme sugeriram dois estudos.

O tratamento "mindfulness" "pode ser contra-indicado para esse grupo de pacientes," concluíram S. Helen Ma e Teasdale, do Conselho de Pesquisa Médica, em estudo de 2004 sobre a terapia.

Apesar de a meditação "mindfulness" ter efeitos distintos em diferentes conflitos mentais, o desafio para seus proponentes será especificar onde ela é mais eficaz - e logo, levando em conta o crescimento em popularidade da prática.

A questão, segundo Linda Barnes, professora associada de medicina familiar e pediatria na Escola de Medicina da Universidade de Boston, não é se a meditação "mindfulness" vai se tornar uma técnica terapêutica sofisticada ou escorregar para o clichê de auto-ajuda.

"A resposta para essa questão é sim para ambos", diz Barnes.

A verdadeira questão, como concorda a maioria dos pesquisadores, é se a ciência vai manter o ritmo e ajudar as pessoas a distinguir a variedade consciente da sem-consciência.

Aprendendo a refletir (ou não)

Uma variedade de práticas meditativas foi estudada por pesquisadores ocidentais por seus efeitos sobre a saúde mental e física.

TAI CHI

Um exercício ativo, algumas vezes chamado de meditação com movimentos, envolvendo movimentos extremamente lentos e contínuos e concentração extrema. Os movimentos devem equilibrar a energia vital do corpo mas não têm nenhum significado religioso.

Os estudos são embaralhados, alguns descobrindo que a prática pode reduzir a pressão arterial em pacientes, e outros não encontrando nenhum efeito. Há evidências de que ela pode ajudar pessoas idosas a aprimorar o equilíbrio.

MEDITAÇÃO TRANSCENDENTAL

Os praticantes sentam-se confortavelmente, olhos fechados, e respiram naturalmente. Eles repetem e concentram-se no mantra, uma palavra ou som escolhido pelo instrutor para atingir um estado de profunda e transcendente absorção. Os praticantes "perdem" a si mesmos, intocados pelas preocupações do dia-a-dia. Estudos sugerem que a prática pode reduzir a pressão arterial em alguns pacientes.

MEDITAÇÃO MINDFULNESS

Os praticantes encontram uma posição confortável, fecham os olhos e focam primeiro na respiração, observando-a passivamente. Se um pensamento ou emoção errantes adentram a mente, eles permitem que passe e voltam a atenção à respiração. O alvo é atingir uma percepção focada no que está acontecendo, momento a momento.

Estudos descobriram que a prática pode ajudar a gerenciar dores crônicas. As descobertas são confusas quando se trata de abuso de substâncias. Dois testes sugerem que ela pode cortar a taxa de recaída em pessoas que tiveram três ou mais episódios de depressão.

YOGA

Percepção aprimorada através de técnicas de respiração e posturas específicas. As escolas variam muito, aspirando atingir absorção total no presente e uma libertação dos pensamentos comuns. Os estudos são confusos, mas evidências mostram que a prática pode reduzir o estresse.

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