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24/03/2008 - 15h29

Número de mortes por dengue pode subir, diz superintendente de Vigilância em Saúde do RJ

Da Redação
Em São Paulo
Os casos de dengue no Estado do Rio de Janeiro sobem a cada dia e já alcançam a casa dos 30 mil, com 48 mortes confirmadas. Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Victor Berbara, o número de casos e de mortes pode subir.

Em entrevista ao UOL, Bergara negou que a situação esteja fora de controle e citOU, para efeito comparativo, a epidemia de 2002, que teve 300 mil casos. "O que chama a atenção desta vez é o surgimento de casos mais graves, em comparação com epidemias anteriores". Segundo ele, esse á uma "característica nova" dessa epidemia.



Na avaliação do superintendente, o foco no momento deve ser a assistência aos doentes. "Nós temos que investir muito na assistência para dar conta e diminuir o prognóstico dos casos mais graves, diminuindo o número de óbitos".

O coronel Djalma Souza Filho, diretor-geral da Defesa Civil estadual do Rio, disse que o Estado "está vivenciando uma crise que está sendo classificada como epidemia", e que a falta de conhecimento da população sobre a doença chamou a atenção da Defesa Civil durante os trabalhos de combate do mosquito de dengue. "A gente chegava em algumas residências e encontrava as condições favoráveis à proliferação do mosquito. Vasilhames sem tampa, uma falta de informação muito grande", disse.
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Para Bergara, a introdução do vírus 2 no Estado explica, em parte, o recente crescimento no número de casos. "Grande parte da população já era resistente a esse vírus [tipo 3, antes predominante no Estado]. Com a entrada desse vírus 2, ele encontrou uma população de suscetíveis alta e começou a circular com força." Outra explicação, segundo ele, seria que o mosquito encontra no Rio grandes áreas de reprodução e de infestação.

O superintendente negou que haja "um jogo de empurra-empurra" entre governo federal, governo estadual e prefeitura no caso da epidemia de dengue no Rio. De acordo com ele, "essa discussão está acontecendo mais a nível político". "De nossa parte não há nenhum jogo de empurra. É importante que se diga que as equipes técnicas estão trabalhando de uma forma muito afinada e integrada", frisou.

O superintendente ressaltou ainda que, "por parte do Estado, essa mobilização [para tratar dos doentes] aconteceu" e que, apesar das medidas de emergência, o tempo de espera para atendimento dos doentes "é muito grande", pois coincide com a já alta demanda por atendimento médico de emergência nos hospitais públicos. "Nas unidades privadas também está havendo tempo de espera semelhante às unidades públicas", apontou.

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