Ministro da Saúde cria o "cartão-dengue" no Rio de Janeiro

Ana Paula Castro
Do Rio de Janeiro

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou nesta segunda-feira a criação do "cartão-dengue", dentre uma série de medidas para combater a dengue no Rio de Janeiro. O principal objetivo é fazer um balanço da evolução da doença em cada um dos pacientes.

O cartão funciona como uma espécie de carteira de vacinação. Nele, os agentes de saúde terão acesso ao histórico do paciente, como exames e consultas que já foram ou ainda têm que ser realizados.

Desta forma, o Ministério da Saúde quer acabar com a falta de comunicação entre as unidades de saúde, uma vez que a maioria das pessoas que foram infectadas não têm médicos que acompanhem a evolução do quadro da doença.

"Temos de atender todas as pessoas que procuram o sistema, além de monitorar e combater as áreas de infestação", disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, no lançamento dos 250 mil cartões que vão ser distribuídos a população do município do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense até o final desta semana.

Outras medidas

José Gomes Temporão anunciou também a contratação imediata de 660 profissionais de saúde para auxiliar no combate à doença - desde enfermeiros a técnicos em homoterapia. Por ser em caráter emergencial, tais profissionais serão convocados mesmo sem terem passado por concurso público e terão contrato de trabalho temporário. Além disso, o ministro da Saúde confirmou a liberação de mais 119 leitos em hospitais federais para cuidar dos enfermos - destas, 32 serão usadas como UTIs.

Até a próxima quinta-feira o Ministério da Defesa vai informar se tem condições de colocar 300 guardas de endemias e bombeiros da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para trabalhar tanto na prevenção quanto no combate aos focos do mosquito Aedes aegypti. Mais 15 carros fumacês estarão nas ruas do Rio de Janeiro - totalizando 65 unidades que cobrem diariamente entre 80 e 100 quarteirões.

Telemarketing contra a dengue

O telefone será mais uma arma no combate à dengue no Rio. No Centro de Informações e Estratégias de Vigilância e Saúde, também criado pelo Ministério da Saúde, será feito o monitoramento e divulgação das áreas com maior número de casos. A partir desses dados, uma equipe de telemarketing entrará em contato com a população a fim de passar todo o tipo de orientação para auxiliar no combate ao mosquito Aedes aegypti.