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29/02/2008 - 10h47

Exposição "Revolução Genômica" começa nesta sexta-feira em São Paulo

Da Redação

Divulgação

Laboratório montado na exposição, onde os visitantes vão aprender a extrair o DNA de vegetais

Laboratório montado na exposição, onde os visitantes vão aprender a extrair o DNA de vegetais

Você provavelmente já ouviu dizer que humanos e chimpanzés compartilham cerca de 99% do código genético. Em relação ao camundongo, são mais ou menos 89% de genes em comum. E os vermes? Bem, você é 28% "igual" a eles.

Tomar consciência disso não é exatamente agradável, mas é um bom começo para entender e opinar sobre assuntos polêmicos como clonagem humana e alimentos transgênicos. Esse é o caminho percorrido pelos visitantes da exposição "Revolução Genômica, que começa nesta sexta-feira, em São Paulo, depois de atrair cerca de 800 mil visitantes em cidades como Atlanta (EUA), Wellington (Nova Zelândia) e Hong Kong (China).



A mostra foi trazida ao país pelo Instituto Sangari, representante oficial do Museu de História Natural de Nova York. Com uma área de 2.000 m2 , a exposição foi ampliada em número de seções, para ganhar um tempero brasileiro.

Na primeira parte, cujo tema é a biodiversidade, há fotografias, filmes, animais taxidermizados e vivos, como macacos e tucanos. "Achamos importante acrescentar essa área, para reforçar a importância da biodiversidade para a perpetuação das espécies", comenta o paleontólogo Niles Eldredge, um dos representantes do museu norte-americano que vieram à inauguração.

A última célula da mostra também é um complemento. Nela, há exemplos de estudos feitos no Brasil, como o seqüenciamento da bactéria Xylella fastidiosa, praga que atinge as plantações de laranja. A área também mostra como o melhoramento genético permitiu o desenvolvimento de plantas com maior produtividade.

O resto do conteúdo é semelhante ao das mostras internacionais. Pilhas de listas telefônicas em formato de dupla-hélice, que fazem uma analogia à quantidade de informação presente no DNA, seqüenciadores genéticos e painéis interativos que mostram o percentual de semelhança com outros seres vivos são alguns destaques.

Em uma das salas, o visitante entra em uma célula gigante, com organelas dispostas tridimensionalmente, e observa o seu núcleo, "o local onde está a receita do bolo", comparam os monitores. Há, ainda, um laboratório montado para que alunos e educadores aprendam a fazer a extração do DNA de frutas, como o morango.

"A interatividade é o grande desafio em uma exposição como essa", afirma a bióloga Eliana Dessen, da USP (Universidade de São Paulo), que divide a curadoria da mostra com a jornalista Mônica Teixeira. Afinal, como ela diz, fazer as pessoas mergulharem no universo microscópico dos genes e cromossomos não é tão simples quanto provar a eletrização por atrito com pente e papel.

Responsáveis pela exposição "Darwin", que foi vista por 175 mil pessoas ao Masp (Museu de Arte de São Paulo) e agora está no Rio de Janeiro, o Instituto Sangari pretende trazer ao Brasil, ainda este ano, uma exposição sobre Albert Einstein. "Nosso sonho é fundar, em São Paulo, um museu de história natural digno da cidade", declara. O desempenho de "Darwin" justifica a aposta. O resultado de "Revolução Genômica" será outro termômetro.

Serviço
Revolução Genômica
De 29 de fevereiro a 13 de julho
Local: Pavilhão Armando de Arruda Pereira (antiga sede do Prodam)
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n - Parque do Ibirapuera, portão 10
Horários: 2ª a 6ª das 9h às 19h; sábados, domingos e feriados das 10h às 19h)
Preços: R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,00 (meia). Escolas e grupos agendados: R$ 10,00 por aluno. Escolas públicas agendadas: entrada gratuita.
No primeiro domingo de cada mês a entrada é gratuita
Mais informações no site http://www.revolucaogenomica.com.br

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