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16/01/2008 - 21h23

Casos de febre amarela este ano já configuram um surto?

Da Redação
Embora o governo federal e os especialistas tenham repetido que os casos de febre amarela são isolados e não configuram um surto, muita gente tem corrido aos postos de vacinação, mesmo sem necessidade. "Os casos não têm relação entre si, ou seja, não tiveram origem na mesma área geográfica, por isso não se pode falar em surto", explica o infectologista Jessé Reis Alves Check-up do Viajante e pelo Serviço de Vacinação do Fleury.

Exemplo de surto foi o registrado em 2003, quando o aumento do número de macacos infectados resultou em 58 casos da doença em seres humanos na região da cidade do Serro, em Minas Gerais. Naquele ano, 23 pessoas morreram em todo o país por causa da febre amarela. Em 2000, o balanço foi ainda maior: 85 casos, sendo 40 mortes.

A doença foi erradicada de áreas urbanas em 1942, mas o vírus sempre circulou em florestas e matas, especialmente em macacos, sendo transmitido por mosquitos da espécie Haemagogus. Pessoas que vivem ou viajam para essas regiões ocasionalmente são picadas.

Embora os casos registrados este ano sejam de febre amarela silvestre, as notificações foram feitas em um curto espaço de tempo, o que fez o Ministério da Saúde adotar medidas de prevenção. Desde o dia 1º foram detectados dez casos de febre amarela em todo o país, sendo que sete pessoas morreram. O balanço, em apenas 16 dias, é semelhante ao registrado em todo o ano passado.

Houve um aumento significativo das notificações no estado de Goiás com a inclusão de 23 novos municípios em relação aos meses anteriores, alguns deles situados em áreas de grande fluxo de turistas. Também foram registradas epizootias (casos de animais com a doença) em 13 localidades do Distrito Federal e em quatro municípios de Minas Gerais.

Para piorar, o mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti, é um potencial vetor do vírus da febre amarela. Diferentemente do Haemagogus, o inseto com manchas brancas é bem adaptado às zonas urbanas, o que levaria a doença para um grande número de pessoas.

As áreas de risco, em que o vírus circula em matas e florestas, são as Regiões Norte e Centro Oeste, Maranhão e Minas Gerais. São consideradas áreas com risco potencial o sul da Bahia e do Espírito Santo. Também existe a possibilidade mais remota de infecção nas chamadas áreas de transição: o oeste de dos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Piauí.

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