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03/10/2007 - 21h19

Sputnik completa 50 anos nesta quinta-feira

Da Redação*
Na madrugada desta quinta-feira, 4 de outubro, os russos vão despertar com a frase "O primeiro satélite é nosso" estampada nas principais ruas de Moscou. Além disso, vão poder trocar três rublos pela moeda comemorativa dos 50 anos do lançamento do Sputnik.

O INÍCIO DA CORRIDA ESPACIAL
EFE
Réplica do Sputnik em exibição no museu Smithsonian de Washington DC, nos EUA
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Outra festa, com vídeos e panfletos, está programada para a base de Baikonur, no Cazaquistão, local onde, há meio século, uma esfera de alumínio de 83 quilos foi colocada em órbita pelo foguete Semiorka. Sua missão? Transmitir seu "bip bip" para o mundo.

As autoridades soviéticas da época não deram muita importância ao objeto, que ganhou o mais simples dos nomes ("sputnik", em russo, significa "satélite"). Não houve cobertura dos meios de comunicação, nem sequer uma foto oficial do lançamento, até porque se tratava de um projeto confidencial.

No resto do planeta, porém, a notícia teve outro impacto. Em tempos de Guerra Fria, a conclusão dos norte-americanos não podia ser outra: com uma dezena de "sputniks", os soviéticos eram capazes de bombardear o país.

O sucesso da façanha logo foi ofuscado pelo Sputnik 2, que um mês depois levou a pobre cadelinha Laika para a órbita terrestre. A reação norte-americana veio no início de 1958, com o envio do satélite Explorer 1 e o treinamento de uma equipe de sete "eleitos" para um passeio espacial. Apesar dos esforços, foi Yuri Gagarin, um russo, o primeiro homem a ver a Terra de longe, em 1961. E, para revidar, os EUA levaram Neil Armstrong, a bordo da Apollo 11, para a Lua, em 1969.

A corrida deflagrada pelo Sputnik trouxe como conseqüência uma série de facilidades para a vida no planeta, como a Internet. Graças às sondas enviadas ao espaço e aos telescópios de última geração, descobrimos detalhes sobre o solo marciano e indícios de planetas fora do Sistema Solar. Mas sonhamos, ainda, com o dia em que será possível passar as férias no espaço.

*Com informações da France Presse

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